Selvas, cavernas e vulcões, destinos naturais com personalidade

A geografia tcheca vai de 0 a 100 km/h na velocidade da Fórmula 1: suaves prados e campos de cultivo que se precipitam em falésias; desfiladeiros de arenitos fantásticos abrigados em florestas exuberantes, cujo subsolo esconde cavernas ainda mais fascinantes; fontes de água fervente ao lado de parques idílicos... Por isso, pode ser mais justo dizer que Tchéquia se mantém a cem por hora em quase toda a sua extensão, como se andasse  na corda bamba dos acidentes naturais mais fabulosos.

Por: Colaborador Convidado

Publicado: Setembro 05, 2019

Muitos acreditam que Tchéquia está dentro da grande planície europeia. No entanto, este pedaço de terra está fora dos limites planos. Como poucos países, reflete o aforismo "o bom, se é breve, é duas vezes bom". Com trajetos acidentados, embora perfeitamente acessíveis,  quando a viagem é por carro, às vezes, se tem a sensação de que, em cada hectare, se fazem presentes todos os fenômenos geográficos possíveis. Alguns, dos mais curiosos.

A Reserva Natural de Soos

Este pequeno caldeirão de "vulcões" tem pouco mais de dois quilômetros quadrados. Para ser justo, nem mesmo é muito representativo da paisagem nacional, mas é muito significativo para a região no Oeste do país - Karlovy Vary, famosa por suas águas termais e minerais.

Trata-se de um parque geológico localizado em uma antiga salina   transformada em turfeira, que à primeira vista oferece a típica paisagem de pântano. No entanto, uma vez alcançado o circuito de passarelas de madeira (pouco mais de um quilômetro), são descobertas nascentes de água fervente, algumas naturais e outras, originadas em poços artificiais. Não que seja o parque americano de Yellowstone, mas, sem sair do continente europeu, é um dos lugares mais curiosos, em termos geológicos.

Como parte de uma excursão a partir de Karlovy Vary rumo a destinos como Františkovy Lázně ou Cheb, a Reserva Soos é perfeita para visitas familiares porque, além da atração das nascentes, o parque é percorrido por um trem turístico de bitola estreita, que anima a experiência.

 

Šumava e a ‘selva’ de Boubín

A floresta tropical europeia é preservada virgem e intacta somente em um par de lugares do continente. Um deles é o sul da Boêmia, aonde a floresta é protegida sob o nome de Reserva de Boubín. Este passeio leva a um conto de fadas entre faias e bordos com mais de três séculos de idade.

A floresta de Boubín é original, o que faz dela uma exceção. Ocupa seis quilômetros quadrados na vasta região de Šumava, explorada e transformada ao extremo durante os séculos anteriores. Felizmente, a conservação natural ganhou a batalha contra a extração de madeira e a mineração. Embora a maioria das espécies vegetais atuais seja estrangeira (principalmente abetos), o reflorestamento ambicioso tem sido um sucesso, e hoje a região oferece uma paisagem frondosa, fresca no verão e agradável no outono, sobre a qual ninguém diria não ser a original.

O abismo da Moravia

A depressão cársica mais profunda da Europa está na República Tcheca, a poucos quilômetros da cidade de Brno, e sua queda de 140 metros desde a superfície até o fundo seco (há mais 50 metros inundados) serviu de palco para algumas lendas... Conhecido como o Abismo de Macocha, ao redor do sumidouro e, especialmente, próximo ao rio Punkva há outras centenas de cavernas documentadas, algumas em seu estado natural e outras, a maioria delas, muito alteradas pela ação do homem. Embora na República Tcheca exista uma importante tradição mineradora, nestas latitudes do país o costume de escavar o subsolo está mais relacionado à segurança e ao turismo, do que à extração de metais e pedras preciosas.

A partir de Brno você tem que ir para o Norte. Nos limites da cidade, a floresta começa a aparecer, e logo se torna profunda. Estradas avançam através de cânions úmidos, sombrios e com muito encanto, e levam a dezenas de cavernas para todos os gostos e públicos, incluindo abrigos militares antigos, cavernas com ossos de grandes mamíferos, outras que servem como palco para eventos, e algumas adaptadas para  proveito dos visitantes.

O castelo de Praga pelas mãos de Jože Plečnik

No início do século 20, o famoso arquiteto esloveno Jože Plečnik trabalhou no Castelo de Praga. Foi responsável pelo projeto de reforma dos jardins na área sul do castelo; o Jardim das Muralhas; e de alguns interiores, incluída a residência do presidente.

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