Capítulo 4 – Na vině je pivo (A culpa é da cerveja)

Após receber o recado de Lara, Carlos se dirige a Pilsen. Lara, porém, sofre um contratempo que a leva a uma igreja sinistra, e se atrasa. Carlos tem problemas com um copo de cerveja e com a comunicação, e acaba entendendo que Lara foi para Telč. Então agora é Lara que precisa ir atrás do amigo, contando com uma santa ajuda.

Por: Luiz Fernando Destro

Publicado: Setembro 13, 2021

Carlos está sentado na parte de trás de uma furgoneta. Do seu lado direito, um grande saco de lençóis. À sua esquerda, um saco com toalhas sujas. Ao volante, um jovem tcheco que tagarela com a moça sentada ao seu lado. São os funcionários da lavanderia “Dvě kachny”, que lhe foi dito significar “Dois marrecos”. Carlos se perguntava o porquê do nome. Seus dois colegas de carro não pareciam marrecos, então talvez fosse só um nome. Ou eles eram só funcionários, e os donos eram de fato dois marrecos.

O mais importante é que a lavanderia ficava em Pilsen. E por isso ele estava na companhia de sacos de roupas sujas de cama e banho. O furgão da Dois Marrecos o levaria à fábrica de cerveja, e de volta aos braços – ele queria, mas não, só mesmo à companhia – de Lara.

A carona nada luxuosa foi arranjada pelos simpáticos funcionários do Hotel Internacional de Písek, onde Carlos passara a noite. Foi o subgerente da noite que viu a entrevista de uma cineasta na TV, e reconheceu a foto de Carlos, cujo check in ele havia feito meia hora antes. O mensageiro levou o bilhete com data e hora do encontro com Lara até o quarto de Carlos, e naquele momento o dia, que havia sido uma catástrofe até então, finalmente pareceu entrar nos eixos.

Não que Písek fosse uma cidade feia – ao contrário, era bem simpática, com sua ponte de pedra e a pracinha central que parecia ter saído de uma folhinha de parede. Em outras circunstâncias, ele até apreciaria uma caminhada ao longo do rio, em cujas margens famílias brincavam, e alguns mais talentosos faziam esculturas na areia.

Mas faltava algo a Písek. Ela não tinha Lara.

Antes do bilhete salvador trazido pelo mensageiro, Carlos achara que havia perdido a amiga. Mas agora ele estava a apenas meia hora de reencontrá-la. A lavanderia Dois Marrecos passava toda manhã no Hotel Internacional de Písek, entregava roupas de cama e banho limpas, e retirava as sujas, que agora faziam companhia a Carlos. E então retornava a Pilsen. Entre lençóis e toalhas, Carlos estava a caminho, e sentia a ansiedade crescer. Mas não parava de se perguntar: como Lara tinha uma foto dele?

Lara e Rosita entraram no ônibus, parado na porta do hotel em Karlovy Vary. Logo em seguida Stan e seu guarda-chuva entraram também. Lara olhava o relógio no celular, tentando se certificar que sairiam no horário. Eram quase nove horas da manhã, e pelo que sabia havia tempo suficiente para chegar a Pilsen antes das onze.

Logo o ônibus partiu, e Lara afivelou o cinto, enquanto Stan, usando o microfone do ônibus, dava algumas explicações sobre a paisagem. Lara sentiu o ônibus embalar e ganhar velocidade e fechou os olhos por alguns instantes, relembrando a aventura do dia anterior e a noite agradável, mas solitária, na piscina do hotel.

De repente, sentiu o corpo ir para frente. O ônibus freara.

Abriu os olhos sem saber se havia passado um minuto ou meia hora. O ônibus agora ia devagar, e Stan discutia alguma coisa com o motorista. Passados dois minutos, Stan ligou o microfone e avisou a todos:

- Parece que nossa estrada está em obras. Estão asfaltando uma pista. Mas não se preocupem, falei com nosso motorista, e vamos fazer um desvio pelas estradas menores.

Percebendo os resmungos generalizados, Stan continuou:

- E para compensar o incômodo, vamos fazer uma parada extra, em um lugar muito interessante – e completou – Mais passeio, pelo mesmo preço!

Os colegas do ônibus pareceram felizes, mas para Lara a notícia caiu como uma bomba. Junto com Rosita, perguntou a Stan se isso atrasaria a chegada a Pilsen.

- Uns quinze minutos – respondeu Stan – mas não de preocupem, já alterei o horário do nosso tour pela fábrica de cerveja.

Carlos desceu pela porta de trás da furgoneta e agradeceu os jovens da Dois Marrecos, embora tivesse certeza que não entenderam uma palavra do que ele disse. Olhou para o lado e viu o grande portão, dois arcos obtusos em pedra, no alto algumas inscrições que Carlos não se deu ao trabalho de tentar entender. Atrás do portão, um grande átrio com edifícios de ambos os lados e, ao fundo, uma estrutura alta, de tijolos, com um topo abaulado, com uma forma que lembrou um cogumelo.

A fábrica de cerveja de Pilsen é um endereço icônico para todos os cervejeiros do mundo. Como Lara, que sempre apreciou uma boa cerveja e, quando soube da relação da República Tcheca com a bebida, sacramentou o desejo de visitar o país.

Lembrou de um sábado à noite. Carlos estava na casa de Lara. Tinham acabado de ver a novela, e Lara comentava de uma cena em que o casal principal está em um bar, ou mais parecia uma taverna. Na história, a mocinha acusava o rapaz de flertar com a rival e, após uma discussão acalorada, ela jogava a cerveja no rosto bem cuidado de Luan Calmon. Carlos lembra que Lara comentou “Que desperdício”. Não entendeu se Lara falava de Calmon ou da cerveja.

A cena acabava com um close na caneca vazia, na qual se via gravada uma logomarca. A mesma que estava agora na sua frente, em uma grande parede verde, feita de garrafas. Era a entrada do centro de visitantes da fábrica de cerveja, e o lugar onde ele deveria encontrar Lara.

Apesar de amplo, o espaço estava cheio. Ao menos quarenta pessoas circulavam entre as figuras em exposição, que reproduziam cenas da fabricação de cerveja. Carlos olhava atentamente, procurando entre os rostos anônimos o único que lhe importava.
Ela deve estar chegando – Carlos olhou para o relógio na parede, que marcava cinco minutos para as onze.


Lara olhou para o relógio. Eram cinco para as onze, e estava claro que não chegaria a tempo. Pilsen estava a cerca de 20 km, e considerando trânsito da cidade, era provável que a previsão de Stan de concretizasse, e chegassem quinze minutos depois.
A parada extra inventada por Stan não tinha ajudado no cronograma. Haviam feito uma breve visita a uma igreja decrépita na micro-cidade de Luková, que estava encrustada em meio ao labirinto de estradas vicinais por onde o ônibus da excursão desviou.

No início, Lara não entendeu o motivo de parar ali. A igreja não parecia ser nada especial, só mesmo muito velha, com parte do reboco faltando, as portas antigas implorando por uma mão de tinta. Mas ao entrar, a razão da parada ficou clara – mesmo no escuro da igreja sem luz. Sentados nos antigos bancos, dezenas de fantasmas assistiam a uma missa que não estava sendo celebrada. No ambiente carcomido, o efeito ficava ainda mais impressionante.

- Essa é uma instalação de um artista tcheco – Stan começou a explicar – feita para valorizar essa igrejinha provinciana. Os fantasmas são feitos de tecido e gesso e... – Stan continuou falando.

Lara até achou a visita interessante. Luková nunca esteve nos seus planos de viagem, e estar ali era um bônus. Mas não pôde deixar de pensar que, se não tivessem parado, talvez chegassem a Pilsen na hora.

Pontualmente às onze horas, uma moça com uniforme verde começou a falar, e chamou todos na sala de espera para iniciar o tour pela fábrica. Carlos sentiu o grupo de pessoas se amontoar a sua volta, a caminho na escada para onde a guia apontava. A essa altura já havia mais de cinquenta pessoas, e Carlos não tinha conseguido olhar uma por uma. Será que Lara estava mais a frente?

Carlos olhou rapidamente, a sala de espera agora estava vazia. Ninguém também na parede de garrafas verdes. Se Lara estava ali, estava na parte da frente do grupo. E tinha que estar. Afinal, foi ela quem marcou a hora e o local, e deu até um jeito de anunciar na TV...

Carlos girou a catraca com o tronco e começou o tour pela fábrica de cerveja.


Eram onze e vinte e dois quando Lara passou pela parede de garrafas verdes e entrou correndo na sala de espera da fábrica de cerveja. Com exceção da atendente na bilheteria, não havia ninguém lá.

Atrás dela veio Stan e todos os colegas de excursão. O baixinho do guarda-chuva explicava que, por conta do atraso, teriam uma guia exclusiva, só para eles. Em seguida, falou algo com a moça da bilheteria e começou a coletar os tíquetes de entrada. No processo, ela disse algo que fez Stan olhar para Laura. Mais algumas palavras trocadas e Stan veio falar com Lara.

- A senhorita no caixa disse que a viu na TV ontem, com a cineasta Markéta – Stan explicava a conversa – e também viu seu amigo, agora há pouco.

- Sério? – Lara ficou empolgada.

- Sim, ele está fazendo o tour. Começou há poucos minutos – Stan prosseguiu – Vamos fazer nossa visita, e provavelmente o encontraremos no caminho. Na pior hipótese, na lojinha de souvenirs, ao final.

- Sim, sim! – Lara agora estava animadíssima, e correu para juntar-se ao grupo na escadinha, onde a guia começava a dar as boas-vindas.

***

Já havia passado quarenta minutos desde que Carlos começou a visita da fábrica de cerveja. Verificara seus companheiros de tour uma a um, e nenhum deles era Lara. Agora, tudo que ele queria era encerrar o tour o quanto antes. Lara provavelmente havia atrasado, e deveria estar esperando por ele na recepção.

Enquanto concluía o pensamento, sentiu frio súbito. Estavam entrando em uma espécie de porão, uma ala antiga de uma fábrica que, até aquele momento, parecia bastante moderna.

- Essa são as antigas caves da fábrica – a guia em uniforme verde explicava – era aqui que a cerveja maturava no passado, em barris de madeira. Esses subterrâneos mantém a temperatura constante de 5ºC, ideal para a fermentação... – Carlos estava com mesma camisa polo que usava quando se perdeu de Lara em Praga, e as mangas curtas não estavam ajudando naquele momento.

Pensou que Lara adoraria estar ali. Cervejeira como era, aqueles antigos barris seriam uma festa para ela. Lembrou de uma das vezes que saíram – como amigos – para tomar uma cerveja. Carlos insistiu em um bar esnobe, que se ufanava de oferecer cervejas de todo o mundo. Tinha uma esperança vaga que Lara pudesse se embebedar ligeiramente e – quem sabe – olhar para ele com outros olhos.

Carlos nunca soube se seu plano deu certo. Acordou no dia seguinte em sua cama, sem saber exatamente como chegou lá. Ficou sabendo por sua mãe que foi trazido de táxi por Lara, já de madrugada. Aparentemente o feitiço havia virado contra o feiticeiro, e foi Carlos quem se embebedara. Mas será que havia falado mais do que devia?

Se falou, Lara nunca lhe disse. Mas a amiga não perdeu – e até hoje não perdia – a oportunidade de provocar Carlos, e lembrá-lo de sua fraqueza com bebidas.

Carlos saiu do devaneio quando a guia da fábrica estendeu a ele uma caneca com uma cerveja amarela turva.

- É não filtrada – a guia explicou a turbidez que se via através do vidro da caneca – Experimente.

Carlos pensou que Lara jamais o perdoaria se ele dispensasse uma cerveja na fábrica de Pilsen. Pegou a caneca da mão da guia. Após sentir o aroma pronunciado da bebida, virou tudo de uma vez, em um longo gole.

O grupo de Lara se aproximava da parte final do tour pela fábrica – a visita às caves históricas – e até aquele momento Lara não havia encontrado Carlos. Conforme caminhavam pelos corredores frios do subterrâneo, a guia explicava que havia quilômetros de corredores ali, num verdadeiro labirinto embaixo da terra. De repente, a guia parou.

- Precisamos esperar um pouco. Parece que o grupo anterior ainda não acabou a degustação.

Lara viu o amontoado de pessoas, cerca de cinquenta metros adiante. Sem dizer uma palavra, deixou a guia e o grupo, correndo em direção aos barris de madeira.

Carlos se arrependeu do trago longo no segundo em que pousou a caneca vazia na mesa de madeira. Sentiu a cabeça rodar, e o frio do subterrâneo pareceu ainda mais intenso. As pessoas falavam e riam ao seu redor e, de repente, ele precisava de algum espaço.

Caminhou cambaleante para um corredor lateral, que lhe pareceu mais amigável. Logo fez uma curva, para outro corredor e depois para outro. As vozes pareciam mais distantes, mas os corredores pareciam os mesmos. Se pudesse, sentaria no chão, mas o piso molhado o fez mudar de ideia.

Apoiou as mãos nos joelhos e se recompôs. Talvez fosse melhor voltar. As vozes pareciam estar cada vez mais distantes. Mas de onde ele tinha vindo mesmo? Se virou à direita na ida, deveria virar para a esquerda na volta? Ou era o contrário?

Passou alguns segundo se remoendo por ser tão fraco com bebidas alcoólicas, enquanto virava nos corredores brancos, tentando reencontrar seu grupo, sem sucesso. De repente, uma luz na parede chamou sua atenção. Era um botão de elevador. Acima da porta metálica, uma placa com os dizeres “Východ”. Era a saída. Ou a entrada. Ele não lembrava qual era qual. Era com ou sem Y?

Decidiu arriscar. Apertou o botão. A porta do elevador abriu, ele entrou e apertou o botão para subir. A porta do elevador se fechou lentamente, bem no momento em que Lara chegava até o grupo nos barris de madeira, a cinco metros dali.

***


No estacionamento da fábrica de cerveja, o ônibus que trouxe Lara até Pilsen está parado ao lado de outro, muito parecido, mas com pintura diferente. Vaclav, o motorista da excursão de Lara, está conversando com seu colega Ondrej, enquanto fumam um cigarro. De repente, Milan, o supervisor da empresa, chega com sua prancheta.


- Ondrej, Vaclav, chegou a escala de vocês – Milan consultou seus papéis – Ondrej, você pega o 37 e vai a Telč – O 37 era o ônibus de Vaclav, no qual Lara veio.

- Vaclav, você pega o outro ônibus e leva para lavar no fim do dia.

Os dois motoristas tragaram seus cigarros e trocaram as chaves.

***

A porta do elevador abriu, e Carlos se viu em meio a uma loja de souvenirs. Canecas, camisetas, cartazes, abridores de garrafas e – evidentemente – muitas garrafas e latas de cerveja. A tontura causada pela bebida no subsolo estava passando, e Carlos tentava encontrar Lara entre os turistas que se acotovelavam entre as prateleiras da loja.


Em meio ao burburinho, Carlos ouviu um barulho de motor. Olhou para fora e viu um ônibus passando pelo portão de arco duplo, que ele reconheceu imediatamente.

- É o ônibus de Lara!

Saiu correndo pelo átrio de entrada, a camisa polo querendo subir e mostrar sua barriga. Mas por mais que corresse, não conseguiu chegar a tempo, e viu o veículo sumir na esquina.

Ainda arfante, viu no estacionamento outro ônibus da mesma empresa, mas de outra cor. Chegou bufando à porta do ônibus, na qual bateu com certa insistência. Vaclav, o motorista, abriu a porta, com uma expressão entre assustado e bravo.

Carlos tentava puxar o ar e improvisou em um inglês maçarocado pela insuficiência respiratória e o resto de álcool que ainda circulava no organismo:

- Uf... that bus... puf... puf... people... of the bus... puf...puf... Cadê? - A última palavra saiu em português mesmo.
Curiosamente, a palavra “Cadê” tem um som muito parecido com a palavra tcheca “Kde”, que significa “onde”. Então, Vaclav, já conhecido por não dominar o idioma anglo-saxão, conseguiu entender que Carlos queria saber para onde o ônibus guiado por Ondrej estava indo.

Respondeu com quatro letras:

- Telč.

***

Carlos estava de pé na frente do balcão da locadora de veículos. Convencido que Lara havia embarcado no ônibus de Ondrej rumo a Telč, precisava seguir para essa cidade, e logo. As opções de trem e ônibus demorariam muito. Resolveu apelar para o plano de emergência.
Um dia antes de embarcar na viagem com Lara, sua mãe o chamou e discretamente entregou um envelope. Dentro, havia um cartão de crédito. Era um adicional de sua conta Ouro no Banco das Américas.

- Ele está ativado para uso no exterior. E não tem limite. Se tiver alguma emergência, pode usar – a mãe queria garantir a segurança do filho. E, talvez, também facilitar um jantar romântico em algum lugar especial.

Era o que chamavam, Carlos e a mãe, de cartão das emergências. E aquilo parecia ser uma emergência. Lara estava a caminho de Telč e ele, com um carro alugado, poderia chegar quase ao mesmo tempo que o ônibus, e resgatá-la.

Assinou o contrato, pegou as chaves e entrou no carro cinza-chumbo de fabricação tcheca.

 

***


A porta do elevador abriu, e agora foi Lara quem topou com os turistas na loja de souvenir. Ao perceber que Carlos não estava junto aos barris do subsolo, imaginou que ele houvesse subido. Rosita e Stan a acompanhavam.

Enquanto as duas vasculhavam os corredores, Stan viu o motorista Vaclav do lado de fora, e resolveu ir até ele. Talvez tivesse visto algo.

- Carlos, cadê você? – Lara pensava enquanto olhava para todos os lados – Por que é tão difícil parar quieto?

Lara sempre achou Carlos agitado quando estava ao seu lado. Curiosamente, a mãe dele e alguns amigos o definiam como uma pessoa tranquila, até meio parada. Aparentemente, o problema era ela. Ao seu lado, Carlos parecia diferente.

Stan entrou na loja e se dirigiu a Lara e Rosita.

- Falei com nosso motorista. Parece que seu amigo falou com nosso motorista.

- Ótimo! Onde ele está? – Lara sorria.

- Ham, como sabe, o Vaclav não domina bem o inglês, e aparentemente houve um mal-entendido – Stan fez uma pausa antes de dar a dura notícia – Seu amigo alugou um carro e está a caminho de Telč.

Após a conversa truncada, Vaclav viu Carlos atravessar a rua e entrar na locadora. Depois de falar com o motorista, Stan foi até lá e a atendente da locadora contou sobre os planos de seu último cliente - Carlos.

Lara sentou-se em um banco no átrio externo e apoiou a cabeça entre as mãos. Precisava ir atrás de Carlos em Telč, mas como? A cabeça dava voltas, em um misto de frustração e perplexidade. Stan sentou-se ao seu lado, sem saber o que dizer.

Ouviram uma buzina. Uma Kombi parou na frente do banco. Dentro dela, cinco freiras em hábitos pretos e, na janela mais atrás, Rosita, sua amiga peruana.

- Lara, vem! Essas freiras estão indo para Telč! Podem nos dar uma carona!

Lara olhou para Stan, que deu de ombros, enquanto lia o panfleto da excursão.

- “Após a visita da fábrica de cerveja, fim de nossos serviços” – olhou para Lara e continuou – Nós acabamos nossa excursão, e foi um prazer guiá-la. Agora, vá atrás dele. Porque ele está indo atrás de você.

Lara sorriu, deu um beijo na bochecha do baixinho do guarda-chuva e correu para uma Kombi com cinco freiras, uma peruana e uma porta aberta.

Capítulo 5 – Tři jezera a ucho (três lagos e uma orelha)

A Estreia em 07/10

Viva sua novela na República Tcheca

 

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